Centro antigo do Egito para o culto de Ísis, os Templos de Philae foram venerados desde a era faraônica até os períodos grego, romano e bizantino, com cada governante fazendo aqui suas próprias adaptações. Este local sagrado tem deslumbrado os viajantes desde os primeiros cruzeiros do Nilo partindo do Cairo e é um dos monumentos mais importantes de Núbia.
Visitamos o Complexo do Templo de Philae, cuja construção começou por volta de 690 aC, no nosso quarto dia de viagem no Egito que começou em Cairo.
Philae é mencionado por inúmeros escritores antigos, e foi, a denominação de duas pequenas ilhas situadas logo acima da Primeira Catarata perto de Assuã.
Templo dedicado a Isis
Dedicado a deusa do amor, o Templo de Philae foi o último templo construído no estilo clássico egípcio. É um dos mais belos, mais femininos e mais bem conservados templos do país. Por isso com certeza ele deve entrar na lista de lugares a serem visitados em uma viagem ao Egito.
O templo foi dedicado à deusa Ísis, esposa de Osíris e mãe de Hórus. Esses três personagens dominam a cultura egípcia antiga e sua história possui todo o drama de uma tragédia shakespeariana. O deus Osíris é assassinado e desmembrado por seu irmão Seth. Isis procura os fragmentos, os reúne e com seus poderes mágicos traz Osiris de volta à vida. Eles então concebem o deus Hórus. Osíris se torna deus do mundo inferior e juiz dos mortos – que devem responder a ele por seus atos na Terra. Enquanto isso, Ísis dá à luz Hórus e protege o jovem deus. Mais tarde, quando Hórus cresceu, vingou seu pai derrotando Seth em combate.
Ísis é uma figura muito importante no mundo antigo. Ela está associada a rituais funerários, mas como a feiticeira que ressuscitou Osíris e deu à luz Hórus, ela também é a doadora da vida, curadora e protetora dos reis. Ela era conhecida como “Mãe de Deus” e era representada com um trono na cabeça. Durante o período romano, seu culto se espalhou por toda a Grécia e o Império Romano.
Salvos de um túmulo aquático pelo projeto de resgate da UNESCO durante a construção da Barragem do Alto Aswan, os templos foram transferidos bloco a bloco de seu lugar original na Ilha Philae para a Ilha Agilika, 12 quilômetros ao sul de Assuã. Graças a isto, hoje os viajantes ainda podem caminhar em meio às colunas deste antigo local venerado.
Vários séculos de construção
Philae em grego ou Pilak no antigo egípcio, que significa “o fim”, foi iniciado por Ptolomeu II e completado pelos imperadores romanos.
Suas colunas que mesclam os estilos arquitetônicos egípcios e gregos, já que foram construídas a mando do faraó Ptolomeu II, de linhagem grega. Antigamente, todas as paredes eram decoradas e coloridas, e algumas ainda possuem marcas de tinta.
top dica
Antes de visitar o complexo de Philae, leia sobre sua história e arquitetura para não perder detalhes como a extremidade norte abriga vários restos romanos e bizantinos, incluindo duas igrejas coptas, os restos de um mosteiro e as ruínas do Templo de Augusto.
Localização
O Complexo do Templo Philae localiza-se em uma ilha do Rio Nilo – a ilha de Agilquia, na qual só se pode chegar de barco, detalhe que dá ainda mais charme e misticismo a esse lugar dedicado a uma divindade feminina.
O acesso ao complexo do templo é feito por barco a partir do desembarque do barco em Shellal. O preço sempre muda e depende muito do seu poder de negociação. Divirta-se com isso! E lembre-se que esta é a principal forma de renda do barqueiro; um ou dois dólares extras provavelmente significam mais para eles do que para você.
O curioso é que nem sempre o Templo esteve ali. Ele foi construído originalmente na Ilha Philae, mas por causa da construção da Barragem Alta de Aswan, ele seria inundado se não fosse salvos pelo projeto de resgate da UNESCO. Os templos foram então transferidos bloco a bloco de uma ilha para a outra.
Apesar de ser a ilha menor, Philae era, a partir das inúmeras e pitorescas ruínas outrora existentes, a mais interessante das duas.
Como se dizia que Philae era um dos locais de sepultamento de Osíris, ela era mantida em alta reverência tanto pelos egípcios ao norte quanto pelos núbios. Era considerado profano para qualquer um, exceto os sacerdotes, morar lá.
Também foi relatado que nem pássaros voavam sobre ele nem peixes se aproximavam de suas margens.
Sistema de irrigação
Sob o comando do rei Menes, criou-se um grande sistema de irrigação, em 3100 a.C. Na época, utilizaram represas e canais, com cerca de 20 quilômetros de comprimento um deles, que desviavam as águas do rio Nilo para um lago que foi criado para esse fim, o lago Moeris. Os moradores utilizavam a água tanto para irrigação quanto para beber.
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